Thursday, October 26, 2006

Reinventando a vida

"Quando a gente pensa que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas"

Ah...eu sei que demorei pra atualizar meu blog. Não tava viajando e nem atucanado com excesso de trabalhos. Não tava subindo em montanhas nem tomando banho de rio. Não tava deprimido e nem ausente da vida. Estava aqui. Observando o mundo real e o virtual. Estava lendo posts e olhando comentários. Estava emocionado com as maravilhosas histórias do poison, primeiramente nas terras virtuais do brother e, mais recentemente no seu próprio blog. Mas, principalmente, estava discutindo a relação. Opa!!!! Discutindo a relação??? Como assim, esse blog não é do Jaleco, nem do Dramma e nem do divã do Marcelo Ribeiro??? É do Ocean !!! Eheh...e daí, também faço isso. Tava discutindo a relação dos meus eus. O lado direito com o esquerdo, a razão com a emoção, o poder com o querer. Estava avaliando se deixo meu eu dizer o que quer ou o que gosta. Se estou sabendo amá-lo como ele deseja, não descobri se o carinho que faço é suficiente para não deixar a carência tomar conta. Sinto meus dedos roçarem nas minhas pernas e meus lábios os meus braços, mas será que é esse o amor carnal que me da prazer? Sei que um dos eus deseja gritar e berrar ao vento os sonhos que deseja construir. Mas será que é ele que ta com a razão?
Sei lá. A dinâmica da vida puxa o tapete da medíocre posição de dono das respostas. E dai descobrimos que precisamos saber mais para continuar vivendo. Quando pensamos que tudo está na boa, simplesmente descobrimos que depois da curva tem mais um monte de estrada pela frente. E no fundo, acho que isso é o fascinante. É maravilhoso descobrir que a estrada não acabou e que temos um mundão para descobrir e para viver.
Certamente o Mário Quintada tinha razão quando lembrou que a vida é assim.

Friday, October 06, 2006

O tempo de cada um !!!

Vou me arriscar e perguntar: cadê o tempo de cada um.
Acho que os trinta anos é um marco na vida de todos nós. A famosa Revolução Saturno, que começa antes e termina depois, mas tem seu ápice muito próximo aos 30. Já passei por isso, já deixei meu ascendente tomar mais conta de mim. Mas ainda sinto uma pressão assustadora do mundo sobre nossas vidas. Outro dia li que a evolução tecnológica dos anos 90 fez essa década valer como uma era !!! PQP. É isso. O mundo acelerou e gerou um descompasso com a velocidade interna das pessoas. Hoje temos que aprender a gostar e desgostar de forma tão diferente como na minha adolescência. Isso não é justo!!! Amamos e desamamos em segundos. Com a mesma facilidade com que acessamos um novo site, obviamente sem muita paciência em aguardar as imagens pesadas. Queremos o imediatismo. Queremos o rápido, porque certamente poderemos ter mais um outro amor na seqüência para acessar. Escrevo isso consciente que estou no mesmo universo real de todos. Mas quero saber onde está nosso tempo??? Onde está o olho olhando no coração da outra pessoa, onde está a química da pele, onde está o calor dos lábios, onde está o toque dos dedos, onde está a emoção das descobertas. Nada disso é mais princípio para as relações que construímos. Sei lá. Não posso julgar e nem quero ser julgado. Apenas queria ter isso mais presente, sem ser pego de surpresa quando leio alguns blogs e comentários sobre o amor e o tempo de cada momento. Minha vida (ou nossas!!) é pressionada a esquecer que nosso intimo não pode ser acelerado numa conexão de banda larga e que não podemos ressetar nossos sentimos de forma mecânica ou calculada. Esquecemos que também somos feitos de emoções, não somente de razões. Quando deixamos de exercitar isso, perdemos o equilíbrio. Perdemos o senso do que queremos ou do que podemos. Para as gerações que já nasceram com o sexto sentido, o virtual, talvez esteja navegando em cima de muita bobagem. Mas os trintões sabem o que falo. Acho que redescobrir a velocidade pessoal pode ser o caminho de grandes alegrias. Era isso.